O governador João Azevêdo recebeu, na manhã desta quinta-feira (23), em João Pessoa, representantes do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), ocasião em que discutiu o andamento do Projeto Agrovila Águas de Acauã, considerado uma reparação histórica a famílias que foram impactadas pela Barragem de Acauã e que, havia 20 anos, aguardavam solução.
A reunião contou com a presença do vice-governador Lucas Ribeiro e de vários auxiliares da Gestão estadual, a exemplo da secretária de Estado do Desenvolvimento Humano, Pollyanna Dutra; do secretário da Infraestrutura e Recursos Hídricos, Deusdete Queiroga; e da presidente da Companhia Estadual de Habitação Popular (Cehap), Emilia Correa Lima. O procurador da República na Paraíba, José Godoy, também participou do encontro, entre outras autoridades.
Na ocasião, o governador João Azevêdo destacou a importância do projeto como reparação histórica de direitos que foram violados. “Reuniões como esta são fundamentais para que o projeto atenda, verdadeiramente, ao que se propôs, que é a inclusão de famílias que foram atingidas pela construção da barragem”, destacou.
O projeto Agrovila Águas de Acauã contempla 100 unidades habitacionais, além do abastecimento d’água completo — com investimentos que ultrapassam os R$ 10 milhões. Cultivo de uso coletivo e da cooperativa e para a associação dos moradores e produtores, escola, campo de futebol, Unidade Básica de Saúde, praça e centros religiosos estão entre os benefícios.
A secretária de Estado do Desenvolvimento Humano, Pollyanna Dutra, disse que a reunião demonstra o respeito do governador João Azevêdo pelos movimentos sociais. “Foi uma reunião com vários secretários do Governo do Estado — Agricultura Familiar, Empaer, Procase —, toda uma rede que dialoga com essa pauta. Isso demonstra o respeito e o compromisso do governador João Azevêdo por pessoas atingidas por barragem”, comentou.
O coordenador do MAB, Osvaldo Bernardo, agradeceu a sensibilidade e a abertura de diálogo com o governador João Azevêdo. “Durante o primeiro mandato de João Azevêdo, a gente conseguiu se reunir com ele cinco vezes. E, aos três meses do segundo mandato, a gente é mais uma vez recebido. É um diálogo muito democrático, coisa que durante 20 anos, mesmo com a organização do movimento, muita pressão, a gente não conseguia”, observou.
A construção da barragem Acauã desalojou cerca de mil famílias, com seis comunidades atingidas: Pedro Velho, Riachão, Cajá, Costa e Melancia, todas no município de Itatuba. A comunidade do Costa é a de maior vulnerabilidade social, por isso foi priorizada no Projeto Agrovila Águas de Acauã.