Governo do Estado assina convênio com a SPU para Regularização Fundiária da Comunidade de Pescadores da Praia da Penha, em João Pessoa

por dez 17, 2023

O Governo do Estado, por meio da Companhia Estadual de Habitação Popular da Paraíba (Cehap) assinou nesta sexta-feira (14) um convênio junto a Superintendência do Patrimônio da União na Paraíba (SPU/PB) que autoriza a cessão de áreas da União e garante a Regularização Fundiária da Comunidade Tradicional dos Pescadores da Praia da Penha, na capital.

A ação vai beneficiar 83 famílias que residem na região há décadas e que há anos esperam da Cehap a garantia da continuidade das moradias no local. O termo assinado garante às construções que foram originalmente inseridas em áreas de titularidade da União e do Governo do Estado da Paraíba uma Concessão de Direito Real de Uso (CDRU).

Em 2018 o Governo do Estado cedeu parte do terreno e assegurou a Regularização através da Lei Estadual 11.231, mas ainda faltava a parte de propriedade da União para que o direito de permanência das famílias fosse devidamente assegurado. O Ministério Público Federal (MPF), da Defensoria Pública da União (DPU) e da Defensoria Pública do Estado da Paraíba (DPE-PB) também participaram das tratativas para que a SPU concedesse autorização para seguir com a cessão total do território ocupado.

A partir de agora a Cehap irá conduzir a parte final do processo, recebendo a área para que possa emitir a titularidade para as famílias, por tempo indeterminado e sem nenhum custo para a população. Conforme a lei, os moradores beneficiados não poderão vender, alugar ou desmembrar os imóveis e a transmissão do imóvel só será admitida para os herdeiros. Também será preciso manter e conservar a comunidade tradicional, seus meios de subsistência e ainda preservar o meio ambiente local.

Para Emilia Correia Lima, presidente da Cehap, essa autorização representa uma grande demonstração de garantia de direitos e de justiça social. “Depois de muitos anos finalmente conseguimos salvar a essência da tradição, da cultura e do direito dos pescadores artesanais. O Estado já havia feito esse reconhecimento, mas faltava o que chamamos de segurança jurídica da ação e agora essas famílias não correm mais risco de serem despejadas de suas casas”, ressaltou.